Era um domingo como outro qualquer, ainda os tradicionais almoços na avó materna, família reunida, eis que ouço um trovão, parecia raio, uma chuva de verão, mas mal sabia a tempestade que cairia nas largas ruas infestadas de pessoas carros, uma multidão. A velha solidão no meio da multidão, o pensamento era firme convicto, mas não se pensou plano, futuro, vida, apenas uma grande tempestade embaçava o vidro, com o coração saindo senti a inversão dos fatos, eu, porque eu? E a chuva, e as nuvens, o sol que não aparecia? Foi o fim de um começo eterno, absolutamente sem palavras, sem perguntas nem respostas, apenas mentes brilhantes ofuscando um brilho certo, com metas já concretizadas e projetos arquitetônicos.
E da cabeça ao coração um fio soltou, as faíscas foram inevitáveis, chuva, energia , raios, algo queimaria, senti dentro de mim que naquela hora só se queria esconder da explosão, mas estava molhado os raios caindo, nada pra esconder, nem proteger,e aconteceu, talvez a pior chuva de uma vida, e tardiamente senti uma força atrás de proteção , uma sensação de alguém segurando forte porque não podia desgrudar o que o raio estava queimando, mas queimar pra que , pra virar cinzas, talvez tenha sido a maior curiosidade de todos os grandes estudiosos, mas o silencio se pairou, e nunca mais se falou...
A chuva? Parou como toda grande tempestade. O sol? Voltou a brilhar como um dia após o outro. Mas o momento dos braços segurando como o bem mais precioso da vida isso ficou indagado, engasgado, apertado! Só se segura com força qdo a coisa mais importante da vida esta caindo no abismo. E não era mãos de dó, medo ou responsabilidade, era o amor, o amor na essência, na raiz, na terra bruta que só vimos nas tribos indígenas, nos povos primitivos, na natureza sem poluição. A chuva, as tempestades, o raio? Não lembro. Só o que lembro e indago são as mãos do amor que me trouxe a vida e silenciou... silenciou...silenciou!
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