Perdi-me nas datas e fiz a madrugada de domingo de Páscoa meu
dia de reflexão, mais uma sexta da paixão... Olhando pro infinito do
Mar e pra natural beleza que temos ao redor de uma mata atlântica, me
vejo com limites no horizonte, algo um pouco triste talvez inédito,
coisas que vivemos apenas uma vez na vida e que nos marcam como se
eterno fosse. Pensar na própria vida e nas suas possíveis alegrias é
como olhar o mar num escuro profundo e nada enxergar a nao ser que os
olhos se permitam acostumar com a escuridão, bom ai a historia muda
completamente seu percurso. Foi preciso acostumar ao breu pra enxergar a
beleza que se passava a minha frente, o medo rodeava, era um desafio
da vontade e da coragem e ainda assim insisti em ali continuar. Bastava
um grito que alguém do meio da escuridao vinha me tirar... Mas grito?
Ele espantaria toda aquela imensidão que os olhos nao cansavam de
olhar... Será que existe no mundo algo mais precioso do que estar com
você mesmo, poder olhar pra dentro de sua alma e reconhecer os
capítulos de uma vida? Apreciar suas escolhas e aceitar suas derrotas?
Será o mar mais belo que a montanha ao lado? Será possível rever o
cora;ao acelerado, pulsando e jorrando amor??? Amor maduro, como a luz
que faz a escuridão brilhar, que guia nossas percepções que nos leva a
algum lugar. Entre o mar e a montanha encontro equilibrio, minha alma se
acalma, coração entra no ritimo, e os labios nao escondem o pulsar dos
versos... Não busco o lado mais fácil da vida, mas consigo
compreender que mesmo sem facilidade alguma é possível encontrar a
tal poesia no cotidiano da dor. O amor surge depois do mar e da
montanha, basta escalar e mergulhar no compasso da vida, e assim fazer a
travessia... Minha reflexão numa madrugada de domingo me levou a uma
viagem aventureira de uma noite escura onde aquele oceano sem fim
trouxe o precioso olhar de volta pra mim!!!!
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